Yara Pina parte de diferentes contextos sociais e históricos para explorar os rastros da memória da violência e suas inscrições sobre os corpos violados e ausentes. Dessa forma, têm sidos recorrentes em seus trabalhos o legado de opressão do patriarcado, do colonialismo e dos regimes autoritários para refletir sobre o esquecimento das vítimas da violência e seu propósito não apenas desumanizá-las, mas também destruir suas identidades, seus nomes e suas memórias. Além dos corpos ausentes que vêm sofrendo com constantes apagamentos, Pina também explora a ausência e o desaparecimento do corpo na performance realizando ações sem a presença de público e que deixam apenas vestígios da passagem do seu corpo.
Pina é natural de Goiânia, Goiás. Possui graduação em Biblioteconomia e Artes Visuais pela Universidade Federal de Goiás. Seus trabalhos já foram apresentados na BIENALSUR, Bienal de Arte Contemporáneo del Sur, por meio da mostra Ese fragil equilibrio, (Palacio Pereda, Buenos Aires, 2023); na Frestas Trienal de Artes, Entre pós-verdades e acontecimentos (SESC Sorocaba, SP, 2017), I Circuito Latino-Americano de Arte Contemporânea (Casa de Cultura Mário Quintana, Porto Alegre, RS, 2021) e Bienal Internacional de Arte de Bucaramanga (Colômbia, 2015). Já participou de residências na Usina de Arte, (Água Preta, PE) por meio da Chamada Voa 2022-2023 para mulheres e pessoas não binárias (São Paulo, Ateliê 397), além dos programas Pivô Pesquisa, Ciclo III Beck's, (Pivô, São Paulo 2020) e Open Sessions (Drawing Center, Nova York, 2014-2015). Recentemente, integrou a mostra Ana Mendieta: silhueta em fogo | Terra abrecaminhos no SESC Pompéia, São Paulo. Suas obras integram os acervos públicos do Museu de Arte do Rio Grande do Sul, (Porto Alegre, RS), do Centro Cultural da Universidade Federal de Goiás (Goiânia, GO) e do Museu de Artes Plásticas de Anápolis (Anápolis, GO). Vive e trabalha em Goiânia.