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 Yara Pina

Corpos-território (2021)

sombra da artista violada com carabinas em revezamento, terra vermelha

vestígios de ação

Partindo de diferentes campos de violência envolvendo a terra e o corpo feminino proponho na ação-instalação Corpos-território refletir sobre o uso do estupro coletivo de mulheres como estratégia recorrente, terrorista e genocida, que além de silenciar suas vozes, também objetiva dominar e colonizar tais corpos violentados. A violação sexual como exercício de poder tem sido recorrente em cenários de guerra, conflitos armados, invasão e disputa por terras e controle territorial que reproduzem o modelo patriarcal do uso da violência para legitimar a dominação do sujeito masculino. Durante a ação violo minha sombra projetada na parede, utilizando diversas carabinas em revezamento. A terra vermelha é então aplicada para formar a silhueta sobre as marcas e, também, para silenciar de forma simbólica essas mesmas armas, no momento em que derramo o pó sobre elas. 

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